E foi com isso em mente que decidimos listar 8 pontos onde o sistema da Apple supera com folga o robozinho do Google. Ainda que alguns usuários do Android não sintam falta de todos os itens citados abaixo, é fato que tê-los à disposição não seria nenhum problema. Confira:
Fluidez e velocidade
Não é como se o iOS não engasgasse ou travasse, mas ele faz isso numa frequência muito menor que o Android. Em dispositivos Android, é normal que, com o passar do tempo, inclusive, esses engasgos fiquem mais frequentes, até mesmo se o seu dispositivo for um topo de linha. Modelos como o Pixel, do Google, e os lançamentos mais recentes da OnePlus, apresentam fluidez e responsividade similar a dos iPhones, porém, isso nem sempre se estende aos outros modelos. Versão após versão, o Android se torna melhor em gerenciar os recursos dos smartphones. No entanto, é impossível que ele seja tão otimizado para os inúmeros modelos onde opera quanto o iOS, já que o sistema da Maçã trabalha com uma variedade menor de dispositivos. No fim das contas, isso permite que o iOS extraia alta performance de um hardware que, no Android, seria considerado mediano. Os novos iPhones, por exemplo, tem “só” 4GB de RAM e uma CPU de seis núcleos. E são ótimos mesmo assim. É claro, a variedade de modelos disponíveis no Android permite que você escolha o melhor modelo para cada tipo de uso – o iPhone não supera o ROG Phone 2 em jogos, por exemplo, mas é fato que ele consegue entregar uma performance comparável, e que talvez sobreviva melhor à passagem do tempo, mesmo tendo uma lista de especificações teoricamente bem inferior.
O iOS é mais fácil de usar
O Android te permite definir exatamente como você quer que ele funcione, o que pode torná-lo mais intuitivo pra você. No entanto, isso exige que você configure o sistema – o que nem todos sabem fazer, ou têm paciência pra fazer. O fato do iOS obrigar o usuário a utilizá-lo de uma só forma faz com que ele seja intuitivo, já que todos os iPhones (e iPads!) podem ser operados da mesma maneira, ainda que com algumas ressalvas. Além de não haver diferença entre os modelos de iPhone como há entre os aparelhos que usam Android, a interface do iOS não mudou tanto ao longo dos anos: os princípios básicos do sistema são os mesmos desde que ele foi lançado, praticamente. Já no Android, tivemos várias mudanças envolvendo a navegação no sistema, a gaveta de aplicativos e os diversos padrões de design que o Google indica para os aplicativos, que nem sempre são respeitados. Assim como no tópico anterior, esta desvantagem do Android é reflexo direto de um dos seus maiores trunfos: a variedade de opções. Matar isso completamente seria matar a essência do sistema, o que faria os usuários e fabricantes abandoná-lo. É por isso que o Google até incentiva um caminho a ser seguido, mas não tira a liberdade das fabricantes em inserir funções e visuais próprios.
Atualizações mais rápidas e por mais tempo
Chegamos a um ponto de unanimidade: não há nada que justifique o Android ser tão fragmentado. Para se ter uma ideia, no momento em que produzimos este artigo, 16% de todos os dispositivos ativos no mundo ainda estão presos na versão 6.0 Marshmallow, lançada em outubro de 2015. Além disso, quando os dispositivos são atualizados, isto costuma ocorrer meses depois do novo sistema ter sido lançado. Este é um problema grave pois impede que os usuários tenham acesso aos recursos mais recentes do sistema – o que faz os gadgets parecerem obsoletos mais rápido que os demais. Por causa disso, fabricantes e, sobretudo, o Google, tem se esforçado muito para estruturar o sistema de maneira que o torne mais fácil de se atualizar, ao menos quando as atualizações visam adicionar recursos pontuais e incrementar a segurança. Fato é, no entanto, que mais uma vez a enorme diversidade de dispositivos que operam o sistema dificulta as coisas. Além de adaptar as novas versões do sistema aos seus aparelhos, que são muitos, as fabricantes precisam inserir os recursos e visuais próprios de suas interfaces. E se você tiver comprado um dispositivo vinculado a uma operadora, é provável que ela também tenha de fazer isso. No fim, é atraso sobre atraso, e você leva meses para ter as novidades da nova versão.
Todo produto Apple fala a mesma língua
Você já reparou que quem tem um dispositivo da Apple tende a optar por periféricos e outros dispositivos também da Maçã? Isso não é uma questão de fanatismo, apenas: o ecossistema dos dispositivos da marca funciona de maneira quase perfeita. Smartwatch, tablet, fone sem fio, smartphone, computador e TV – se todos forem da Apple, todos irão se conectar de maneira fluida e prática. Empresas como a Samsung e a LG têm investido nisso – e possuem algumas vantagens, já que fabricam uma variedade maior de aparelhos, como máquinas de lavar, geladeiras e outros. No entanto, o fato dessa integração ser projetada no núcleo do iOS, e não numa camada à parte, como no caso das demais, torna a conexão entre os dispositivos da Maçã quase que à prova de falhas. Esse ponto é de grande interesse para as fabricantes, já que o ecossistema é um fator determinante para uma pessoa continuar ou não com uma certa marca. Para um usuário do iOS, por exemplo, é muito mais difícil trocar o iPhone por um Galaxy quando ele já utiliza o iMessage, o iCloud, o FaceTime e outros serviços da empresa.
O iOS ainda é mais seguro
Boa parte das vantagens e desvantagens do iOS sobre o Android se devem ao maior controle que a Apple tem sobre o sistema. Um dos pontos onde isso fica mais evidente é a segurança: controlando tudo o que tem acesso ao SO, de aplicativos à APIs, a Apple pode barrar qualquer software que ofereça risco aos usuários ou à integridade do sistema. Além disso, a Maçã é mais rigorosa quanto às informações que cada app pode acessar. O Google tem corrido para compensar o atraso. Iniciativas como o Google Play Protect, os pacotes mensais de segurança e o controle mais preciso das permissões que cada aplicativo tem são exemplos disso. No entanto, como afirmamos acima, há pontos intrínsecos do Android que o tornam mais vulnerável, como a possibilidade de se instalar apps de fora da loja oficial, e o fato do sistema em si ser distribuído abertamente.
Apple CarPlay
Ainda que o Google Assistant seja muito mais eficiente que a Siri, o que pode ser determinante quando se está no volante, o Apple CarPlay, em geral, está um nível acima do Android Auto. A interface do sistema automotivo da Apple é mais organizada e consistente, o que facilita a familiarização do usuário com o mesmo. Não ter que estar tão atento à tela torna o Apple CarPlay até mais seguro de se usar ao volante. O Android Auto, por sua vez, tem uma interface mais dinâmica e que exige mais atenção do usuário. Certo, num mundo ideal, apenas o passageiro operaria esses sistemas de maneira mais profunda – mas nós sabemos que não é bem assim na prática, então o Google poderia tornar o sistema mais simples e intuitivo. Se isso já não bastasse, o Android Auto oferece menos recursos e costuma estar sempre um passo atrás do concorrente, como foi no caso do pareamento sem fios, que demorou mais para se difundir entre os usuários do Android Auto que dentre os usuários do sistema automotivo da Maçã.
Assistência superior
Tudo no ecossistema da Apple é centralizado, e embora isso normalmente se traduza em menos liberdade de escolha, também torna o suporte prestado pela Maçã mais completo (e desburocratizado) que o das fabricantes Android. Tudo bem, o iPhone é caro e o mínimo que Apple pode fazer é ter um bom pós-venda, mas há Androids igualmente caros por aí que nem sempre oferecem o mesmo. Algumas das facilidades dos usuários da Maçã: garantia internacional, suporte online, ampla quantidade de assistências técnicas autorizadas espalhadas pelo país, atendimento padronizado e outros. A Samsung, por sua vez, oferece o Concierge: um suporte técnico especial para modelos das linhas S e Note. Nele, os usuários têm telefone reserva em caso deixem o aparelho na assistência técnica, suporte online 24 horas e atendimento prioritário. No entanto, a coreana é uma exceção, já que as demais fabricantes, ao menos no Brasil, não oferecem nada muito além do exigido por lei quando o assunto é suporte técnico – até para aparelhos tão caros quanto um iPhone.
Maior valor de revenda
Você já comparou os valores de revenda de um iPhone e um Android? Ainda que os dispositivos tenham o mesmo preço e período de lançamento, é fato que o Apple terá uma desvalorização consideravelmente menor – a ponto de um iPhone 8 Plus 64GB ser vendido por quase R$ 3 mil no mercado de seminovos, enquanto um Galaxy S8+ nas mesmas condições não custa nem metade disso. Embora isso não seja tão importante para todos, os smartphones se tornaram uma parte essencial da vida moderna e, eventualmente, é necessário trocá-los. No caso de quem tem um iPhone e deseja comprar outro, pagar até R$ 7 mil no novo modelo fica mais fácil quando se pode vender o atual por R$ 3 ou 4 mil. No Android, a maioria dos dispositivos topo de linha chega por mais que quatro mil reais, mas não mantém esse preço por muito tempo. Muitos dirão que o iPhone segura seus preços devido ao status atribuído ao smartphone – o que não é completamente mentira. Entretanto, alguns pontos do iOS que citamos acima fazem do iPhone um modelo mais durável que os demais. O usuário de um iPhone antigo continua tendo acesso às atualizações do sistema por um bom tempo, e seu dispositivo provavelmente as roda melhor que um Android igualmente velho. Tal fator influencia o valor de revenda do dispositivo, pois a expectativa de vida de um iPhone acaba superando a dos demais aparelhos. No fim das contas, isso é mais um benefício que o iOS proporciona ao usuário. … Mas e você, tem iPhone ou Android? Discorda de algum dos pontos abordados em nossa lista? Interaja conosco utilizando o campo de comentários logo abaixo!