Até o momento, a China é o país com o maior número de casos confirmados. São 78.497 pessoas no total; a Coreia do Sul aparece em seguida com 1.766; já são 528 na Itália, 189 no Japão e 245 no Irã. Alguns países estão registrando 1 caso. Entre eles, está o Brasil, que é o primeiro a confirmar na América Latina.  Em meio a tantas incertezas e com a propagação de fake news (“notícias falsas”, em tradução livre) sobre o assunto, o Showmetech conversou com o Rômulo Leão, virologista e doutorando em Inflamação e Imunidade pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, que explica quais os riscos para os brasileiros, como se prevenir e identificar os sintomas do Coronavírus (COVID-19).  

Quais são

os sintomas?

Os sintomas do COVID-19 são parecidos com gripe: febre, coriza, cansaço e tosse seca. A cada seis pessoas infectadas com o novo Coronavírus, uma pode ficar gravemente doente e apresentar dificuldade para respirar. Os idosos têm a maior probabilidade em desenvolver doenças graves, em especial aqueles com diabetes, problemas cardíacos e pressão alta.  Em comparação com outros coronavírus, a taxa de mortalidade do COVID-19 é baixa (cerca de 2%). Para efeito de comparação, a SARS-CoV tinha taxa de mortalidade em 10%, deixando mais 800 mortos entre 2002 e 2003. Já o MERS-CoV, em 2012, havia uma taxa ainda mais elevada, com variação entre 20% a 40%, dependendo da região. 

Como se

prevenir do coronavírus?

A OMS – Organização Mundial da Saúde divulgou uma série de recomendações para se prevenir. A principal é lavar bem as mãos com água e sabão (ou álcool). Mantenha pelo menos um metro de distância de uma pessoa que esteja espirrando ou tossindo; e evite também tocar nos olhos, nariz e boca.  Outra importante dica é cobrir a boca e o nariz com o cotovelo quando for tossir e espirrar. A OMS também indica utilizar um pano dobrado, porém a pessoa terá que descartá-lo após o uso. 

Uso de máscara

Com o primeiro caso confirmado no Brasil, muitos ainda possuem dúvidas sobre o uso de máscara. Os brasileiros sem sintomas respiratórios não precisam usar máscaras, recomenda a OMS. A exceção são pessoas com sintomas do COVID-19 e para quem cuida de pacientes infectados.  “É importante ressaltar isso porque o uso de máscara não é recomendado para a população em geral. A máscara eficiente é a do tipo N95, que é o único modelo que filtra aproximadamente 95% das partículas a partir do tamanho de um vírus”, explica o virologista Rômulo Leão. 

Medicamentos e bebidas quentes 

Ainda não existem medicamentos eficazes contra o Coronavírus (COVID-19), tampouco bebidas que podem matar o vírus. Conforme explica a Organização Mundial da Saúde, não há remédio antiviral específico e pessoas infectadas precisam receber cuidados para que os sintomas sejam aliviados. Boa parte dos pacientes se recupera com os cuidados hospitalares. 

Vacinação

Embora esteja sendo elaborada em diversos países, como explica Leão, a vacina contra o COVID-19 não está disponível no momento. Também é importante destacar que vacina da gripe não protege contra a infecção de coronavírus. “Apesar da gripe e do COVID-19 terem sintomas muitos parecidos (pelo menos na primeira fase), a vacina é feita a partir de uma estrutura específica do vírus e o vírus da gripe e o coronavírus são muito diferentes em estrutura. Eles nem são da mesma família e isso faz com que a vacina não seja eficiente para proteger”, pondera Leão. 

Estou com

febre, tosse e espirro. O que fazer?

Se você não teve contato com uma pessoa possivelmente contaminada, não há motivos para temer. Agora, caso tenha ligação com alguém ou se você viajou para alguma região infectada, é recomendado ir ao hospital para realizar o exame.  Com um caso confirmado no Brasil, muitas pessoas acabam ficando assustadas. Entretanto, pelo menos por ora, não há motivos para pânico. Fontes: Ministério da Saúde; Organização Mundial da Saúde; Universidade Johns Hopkins. 

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