Como 20 anos de uma franquia tão bem sucedida só se comemoram uma vez, o Cinemark exibirá em diversas cidades do Brasil “Pokémon O Filme 20: Eu Escolho Você”, nos dias 5 e 6 de novembro, um domingo e uma segunda, respectivamente. Além de ser uma “nova chance” para as gerações atuais verem um filme de Pokémon no cinema, é um alento para os treinadores que nem 10 anos tinham quando o último filme da franquia passou por aqui. A película foi lançada no dia 15 de julho no Japão e, por mais que eu tenha procurado qualquer rastro do filme pela internet, foi apenas nesta quarta-feira (1), em sessão especial para jornalistas, que consegui ver o filme pela primeira vez. Quero contar, portanto, a minha experiência vendo um filme de Pokémon no cinema após 13 anos, as surpresas que tive, os comentários sobre a dublagem e o que você pode esperar (embora eu já te diga para comprar os ingressos agora aqui).
A dublagem
Antes mesmo de falar da história, é importante você saber que Pokémon teve uma grande mudança no ano passado. Os dubladores originais não estão mais presentes na série desde a décima nona temporada de “Pokémon XYZ, a série”. Portanto, tanto essa temporada, quanto a atual de Alola, são dubladas por outras pessoas. O Ash, hoje, é o Charles Emmanuel, a voz do Ben 10, entre outras personagens. Não espere, então, ouvir o Fábio Lucindo. Mesmo assim não precisa ficar desesperado. Em mais de um ano dublando o treinador da cidade de Pallet, Emmanuel tem feito um bom trabalho e mesmo para os fãs mais saudosistas, vão adorar rever Ash e Pikachu no cinema.
Para saber
Como o nome já sugere, o filme é uma releitura da jornada de Ash Ketchum. O primeiro episódio do desenho tinha exatamente este título: “Eu Escolho Você”. Espere por muitas referências no filme, mas ao mesmo tempo esteja preparado para algumas surpresas “diferentes”:
Brock e Misty não aparecem no filme; O Ash do filme não segue a mesma jornada do desenho; Nem todos os Pokémon de Kanto de Ash aparecem.
Para evitar spoilers, mas ainda assim trazer um contexto do filme, muitos dos diálogos e cenas dão uma sensação de “eu já vi isso”, ao mesmo tempo, a jornada traz um novo ar para a franquia. O quarto do Ash tem um notebook e uma TV de tela plana. Os parceiros dessa breve jornada são Vera e Sérgio – e eles têm smartphones. A Pokédex não tem um papel importante e informativo, como era o caso no primeiro episódio da série e, mais importante, o mundo Pokémon já comporta os mais de 800 monstrinhos. Obviamente, em 1998, Satoshi Tajiri, criador da franquia, não poderia imaginar que 20 anos depois a sua criação ainda seria um sucesso, portanto, prepare-se para ver criaturas de outras gerações no filme. Os destaques vão para os Pokémon de Sinnoh e Alola, que aparecem com alguns dos treinadores do enredo. Ash, diferente do desenho, apesar de estar começando a sua jornada, não é tão imaturo e sabe o que está fazendo, o que é bacana para quem já acompanha a franquia há tanto tempo e está acostumado com os reboots que ele recebe. Vale lembrar que pela primeira vez, um filme não segue uma história paralela do desenho, ou seja, o personagem principal que hoje está em Alola, não participa de um filme sobre a região, apesar de alguns Pokémon de lá aparecerem na película.
A história
Ash Ketchum é um menino de 10 anos da cidade de Pallet que sonha em se tornar um mestre Pokémon. Ao chegar atrasado para pegar o seu primeiro Pokémon, ele acaba ficando com um Pikachu, um rato elétrico que não gosta de ficar na pokébola e também não gosta nada do seu novo treinador. Após serem atacados por um bando de Spearow, o lendário pássaro Ho-oh aparece para Ash e o dá uma de suas penas. O treinador parte em uma jornada para ser o melhor e encontrar Ho-oh novamente. Durante o caminho, Ash encontra Vera e Sérgio, treinadores da região de Sinnoh, que se juntam a ele em busca da montanha que o pássaro lendário está. Os treinadores encontrarão pela jornada o trio de cães Entei, Suicune e Raikou, um rival, o Cruz, e um Pokémon lendário até então desconhecido Marshadow. O filme aproveita para contar algumas das lendas da região de Johto e, uma das coisas mais interessantes, é que a franquia tem lidado cada vez mais com temas mais densos para o público infantil, como a morte. A primeira morte registrada oficialmente no jogo é a de um Stoutland, na temporada de Alola (mais de 900 episódios depois de sua estreia). E, apesar do Ash “morrer” – ou ser petrificado – em alguns filmes e depois voltar, prepare o lencinho para muitas das cenas. Se você é um fã de longa data da série, não se impressione caso os seus olhos fiquem marejados durante todo o filme. Ah, e você ainda lembra a música original de Pokémon? Só para saber mesmo.
Serviço
“Pokémon O Filme 20: Eu Escolho Você” está em cartaz nos cinemas brasileiros apenas nos dias 5 e 6 de novembro, tem 95 minutos de duração e classificação indicativa livre. Ao comparecer a uma sessão, você pode ganhar uma carta especial de um Pikachu usando o boné do Ash. Clique aqui para ver se a sua cidade vai exibir o filme.