O deepfake da Rainha é protagonizado pela atriz Debra Stephenson, que faz as voz e os movimentos, e é tratado então com efeitos especiais da Framestore. O vídeo, que dura em torno de quatro minutos, traz a Rainha tratada digitalmente falando sobre a saída do príncipe Harry e sua esposa Meghan Markle do Reino Unido, além do escândalo em torno do príncipe Andrew — o Duque de York — e o milionário Jeffrey Epstein, condenado na Justiça por abuso sexual de menores. O caso foi relatado na série Jeffrey Epstein: Poder e Perversão, na Netflix. O deepfake da Rainha também brinca com assuntos contemporâneos, fazendo uma performance do TikTok e falando sobre o quanto ela gosta de “Netflix and Phil“, uma alusão ao termo “Netflix and chill” que se refere a assistir filmes e séries da Netflix para descansar, e ao príncipe Phillip, esposo da Rainha Elizabeth. O vídeo termina com as imagens digitais desaparecendo, revelando então o fundo verde usado para posicionar as imagens do Palácio de Buckingham de mentira, deixando claro aos espectadores que não se trata da própria Rainha Elizabeth nesta esquete. O Palácio de Buckingham diz não ter comentários sobre o vídeo, enquanto as mídias sociais fizeram duras críticas à encenação “desrespeitosa” e “inapropriada” da Rainha.
O deepfake da Rainha representa perigo?
A tecnologia utilizada para fazer os deepfakes vem sendo cada vez mais aprimoradas, a ponto de cópias verdadeiramente convincentes de políticos e pessoas famosas serem tomadas como reais. Deepfakes famosos de personalidades como o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o bilionário Elon Musk ficaram famosos pela verossimilhança. Por outro lado, empresas de tecnologia do mundo inteiro estão tomando ações para identificar a veracidade de um conteúdo. A Microsoft já trabalha em uma ferramenta de detecção de deepfakes para combater a desinformação. Fonte: Channel 4