O que é e por que ocorre a superlua?
A superlua é um fenômeno que ocorre quando a Lua está no perigeu — ponto de sua órbita em que se encontra o mais próximo da Terra, com distância de aproximadamente 362 mil quilômetros. Na prática, a superlua é apenas uma lua cheia, mas devido ao perigeu aparenta ser 15% maior e 30% mais brilhante, segundo alguns especialistas. Essa diferença pode ser observada em fotografias quando comparamos a superlua com uma lua cheia em posição de rotação normal, porém, a olho nu ela apenas parece ser “maior” e de coloração diferente da Lua cheia. Contudo, segundo Joe Rao, meteorologista da Space, a superlua é um evento comum e que não deveria ser tratado com “sensacionalismo”. Joe ainda diz: “tais alegações sensacionalistas resultam em decepção de pessoas que buscam no céu algo bem maior e mais brilhante, mas não encontram nada de incomum”.
Por que se chama Superlua dos Cervos?
O nome da Superlua dos Cervos não está relacionado com a astronomia, mas mesmo assim é adotado pela NASA e por pesquisadores. Na verdade, a nomenclatura vem da crença popular dos povos do hemisfério Norte, marcando o verão. A explicação é que, nesta época do ano, os cervos regeneram seus chifres após tê-los perdidos no inverno. Há outras superluas que também possuem nomes de crença popular dos nativos do hemisfério Norte, com ambos casos as Luas marcando datas importantes como a desabrochar de flores e colheita de frutos. Em maio, há a Superlua das Flores, marcando o desabrochar da primavera, enquanto em junho há a Superlua de Morango, lembrando aos nativos sobre a colheita dos frutos.
Outros espetáculos nos céus!
Em julho, além da Superlua dos Cervos, será possível assistir outros fenômenos nos céus. Há previsões astronômicas de duas conjunções: a Conjunção de Lua e Júpiter, na madrugada do dia 18 para o dia 19, e a Conjunção de Marte e a Lua, a partir das 2h da madrugada do dia 20 para o dia 21. A conjunção é o fenômeno que ocorre quando os planetas parecem estar próximos da Lua, aparentando estar “juntos”, mas não estão. Conforme as especialistas, a conjunção é apenas vista na Terra, mas no espaço não acontece de fato, pois os planetas estão bem longe do satélite. Ainda em julho, haverá duas chuvas de meteoros. A primeira tem data prevista para a madrugada dos dias 28 e 29 de julho, sendo a Chuva em Psicis Austrindis, um evento pequeno e tendo poucos meteoros e de brilho opaco, não sendo possível ver com facilidade. A segunda, a Chuva de Delta Aquárias do Sul e Capricórnidas marca também o dia mais aguardado para os entusiastas de astronomia. Prevista para o dia 30 de julho, a chuva contará com dois tipos diferentes de meteoros — um em formato de risco no céu e outro com “explosões” brilhantes, preenchendo o céu junto da Lua nova que será opaca nesse dia.
Como ver a Superlua dos Cervos e os outros fenômenos?
Tanto para observar a superlua quanto os outros fenômenos previstos, não é necessário nenhum equipamento especial. A recomendação dos especialistas é que, para melhor visibilidade, você encontre um local aberto e escuro, sem grandes interferências luminosas por perto. No caso da Superlua dos Cervos, é sugerido um local próximo ao horizonte, para que a Lua esteja em uma posição favorável. Outra recomendação de como ver a superlua é aproveitar das primeiras horas de seu surgimento. Por conta da interação com nossa atmosfera, a aparência dela tem diversas tonalidades, variando entre os tons de amarelo e vermelho. Essa recomendação também serve para outros fenômenos como as conjunções. Além da quarta-feira (13), a superlua poderá ser assistida no dia seguinte, porque a previsão é que sua luminosidade ainda esteja completa e viável. Caso você deseje assistir a Superlua, o uso de aplicativos como Skywalk, Starchart ou Stellarium, feitos para verificar o local de melhor visibilidade e os melhores horários da Superlua. Ainda com esses aplicativos, você pode verificar como observar corpos celestes. Veja também: Onde começa o espaço sideral? Fontes: Space, NJ