Apesar da decisão chegar apenas em 2022, a Juul Labs realizava vendas de cigarros eletrônicos desde 2015, mas apenas a partir de 2017 e 2018 que a alternativa aos cigarros tradicionais começou a fazer sucesso. Entenda o caso agora mesmo.
Cigarros eletrônicos JUUL passavam por revisão desde 2020
Além da empresa, que teve a comercialização proibida nos EUA, outras companhias do mesmo mercado precisaram enviar informações sobre a quantidade de nicotina dos cigarros eletrônicos e o que estava sendo feito para que o vício fosse deixado de lado, ao invés de os produtos se tornarem substitutos dos cigarros tradicionais. Neste meio tempo, apesar de ainda estarem passando por uma revisão da agência reguladora dos EUA, isso não impediu que as empresas fizessem a livre comercialização dos produtos. Nos últimos anos, dois outros sabores de cigarros eletrônicos JUUL (manga e creme) precisaram deixar de ser vendidos em todo os EUA devido a serem “amigáveis” demais para jovens. Até hoje, dois sabores ainda eram vendidos: tabaco e mentol. A decisão também coloca outras fabricantes do mesmo produto em risco, uma vez que os documentos são semelhantes e os materiais (incluindo a quantidade de nicotina) são praticamente os mesmos em todos os produtos. A FDA não proibiu produtos com nicotina de forma geral nos EUA e, nos últimos meses, autorizou a venda dos conhecidos vapes (incluindo os fabricados pela Juul Labs) depois que empresas provaram que realmente estão fazendo de tudo para evitar que os jovens estadunidenses não sejam impactados pelas campanhas de marketing e, principalmente, pelos produtos. Mas a decisão de hoje também pode impactar no momento de renovação desta autorização. Procurada para comentar o assunto por veículos internacionais, a empresa anunciou que irá recorrer da decisão e não concorda com a proibição.
EUA têm agido para evitar casos de câncer
A decisão da FDA em proibir a venda dos cigarros eletrônicos JUUL é reflexo de um esforço do governo de Joe Biden em evitar que os cidadãos estadunidenses tenham doenças respiratórias com sintomas crônicos e até mesmo câncer. A mesma medida de proibição também já havia sido anunciada pela Wall Street Journal, assim que a proposta foi enviada ao órgão regulador. Uma das decisões mais comentadas é a exigência de que os cigarros vendidos nos EUA tivessem uma quantidade mínima e não-viciante de nicotina, o que também resultaria, idealmente, numa menor taxa de registros de mortes causadas por tabagismo nos EUA, vício que causa 480 mil mortes por ano. No Brasil, não é difícil encontrar cigarros eletrônicos à venda, mas uma lei de 2009 da Anvisa proíbe a comercialização e venda de vapes. A decisão foi tomada pelo órgão de saúde com a justificativa de que a saúde pública seria fortemente afetada e o número de potenciais doentes não estava de acordo com a capacidade de atendimento em nosso país. Você acredita que uma lei para reduzir a quantidade de nicotina em cigarros daria certo no Brasil? Diga pra gente nos comentários! Veja também Saiba como uma pulseira inteligente pode identificar COVID-19 antes do surgimento dos sintomas. Fontes: NPR l CNN l FDA