Google e os salários irregulares
Segundo o site, executivos do Google estão cientes desde 2019 que estavam acontecendo irregularidades com o pagamento de funcionários e com o não cumprimento das leis locais do Reino Unido, da Ásia e da Europa. Os profissionais temporários trabalham tanto quanto aqueles com expediente em tempo integral. O jornal The Guardian teve acesso a e-mails e documentos internos da companhia como prova. Dados expostos por um memorando interno, relacionados a fevereiro deste ano, mostraram que os trabalhadores receberam de 12% a 50% a menos do que deveriam nas regiões citadas. Um cidadão denunciou a empresa em uma queixa à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos sob a justificativa de que, com esse caso, o Google estaria omitindo os pagamentos irregulares aos seus contratados. De fato, nos últimos dois anos, o Google escolheu se ausentar de uma decisão que resolvesse tal atitude e continuou exigindo o mesmo trabalho para seus contratados, visando o menor custo. Mesmo assim, o The Guardian diz que o Google sabia que a ação poderia colocá-lo “em uma posição difícil, legal e eticamente”. Ciente do caso, o Google ainda tentou justificar o acontecido. “Embora a equipe não tenha aumentado as taxas de referência de comparação por alguns anos, as taxas de pagamento reais para funcionários temporários aumentaram várias vezes nesse período”, disse Spyro Karetsos, diretor de conformidade do Google, em um comunicado para o The Guardian. O representante afirmou ainda que a companhia está fazendo uma revisão de práticas de compliance e valores para descobrir o que deu errado e como resolver a situação indelicada. Por outro lado, este foi o único anúncio acerca do escândalo. Com um histórico de altos e baixos, ter seu nome lançado na justiça é bem prejudicial à imagem do Google. E, claro, os maiores afetados são aqueles que já estão padecendo dos salários incompletos há tempos. Até o momento, é aguardado os próximos acontecimentos deste tópico.
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