De acordo com a empresa, cerca de 99% dos desenvolvedores que possuem aplicativos na Google Play Store serão beneficiados com a medida, podendo alcançar uma redução de até 50% nas taxas cobradas. A Apple também anunciou em 2020 a redução de taxas para desenvolvedores, passando para 15% a taxa cobrada. Mas no caso da Apple, só são beneficiadas empresas que lucram menos de US$ 1 milhão ao ano. Já na Google Play, grandes empresas podem ser beneficiadas com os cortes nas tarifas, desde que não atinjam o limite anual de um milhão de dólares.
Qual o impacto da redução de taxas para desenvolvedores?
A Google Play Store e a Apple Store são responsáveis pela maior parte dos aplicativos baixados pelos usuários ao redor do mundo. Porém as gigantes da tecnologia estão recebendo diversas críticas dos desenvolvedores sobre a política de taxação nas lojas de aplicativos. No ano passado, a Epic Games, criadora do famoso jogo Fortnite, tentou criar um sistema de pagamentos próprio para tentar evitar a taxa de 30% cobrada pela Apple e pelo Google, mas acabou tendo o jogo banido da Apple Store e Play Store. A empresa de Cupertino ainda solicitou a revogação da licença de desenvolvedor da Epic Games, fazendo a criadora do Fortnite recorrer à justiça norte-americana. Desde então, a Epic Games trava uma batalha judicial com as big techs. Tanto empresas quanto desenvolvedores menores se mostraram insatisfeitos com as políticas de pagamento das lojas de aplicativos e estão pressionando mudanças nas práticas de mercado adotadas pelas companhias. Segundo a Epic Games, a redução de taxas para desenvolvedores da Google Play Store ajuda a diminuir os encargos financeiros dos desenvolvedores, mas não resolve o problema. A empresa acredita que o Android precisa se abrir totalmente para que haja uma competição justa entre os fabricantes. Por outro lado, o Google e a Apple defendem que as tarifas cobradas são usadas para “ajudar a cobrir despesas e serviços como privacidade, segurança dos usuários, entre outros”. Fonte: Google Brasil; The Verge; BBC; WSJ