Em uma impressora 3D que utiliza filamento, um bico derrete o material plástico e o vai depositando camada por camada em uma base, seguindo o desenho da peça. Nas impressoras Jet Fusion, um carro espalha o material plástico na base e, em seguida, outra barra móvel transversal espirra agentes de detalhamento e fusão para formar o objeto. Veja o vídeo abaixo para entender melhor: Segundo a empresa de consultoria e análise Context, o mercado de impressoras 3D para uso industrial cresceu 18% no ano passado e não dá sinais de esmorecer este ano. A HP está trazendo ao Brasil dois modelos da linha Jet Fusion, a 540, monocromática, e a 580, capaz de fazer peças multicoloridas. A empresa não divulga o valor de cada impressora porque elas são vendidas dentro de um pacote personalizado de acordo com o que o cliente pretende fazer.
HP: preferência ao canal
Para vender sua solução, a HP, cujas vendas sempre foram feitas prioritariamente através de revendedores, firmou uma parceria com a SKA. Siegfried Koelln, presidente da SKA, disse, durante o evento:
Quarta Revolução Industrial
Richard Bailey, presidente da HP America, ressalta que a empresa tem grandes vantagens comparativas para atuar no mercado da manufatura digital. A HP utiliza suas Jet Fusion para produzir peças para seus produtos, inclusive para a própria Jet Fusion. Ou, como dizem os americanos, “nós comemos nossa própria comida de cachorro”. As impressoras 3D Multi Jet Fusion 500 são apenas parte do equipamento necessário para digitalizar uma linha de produção. Para produzir em escala, o cliente precisa adquirir a estação de trabalho da linha Jet Fusion 4200. Ela fornece uma estação de processamento que inclui um módulo de resfriamento rápido e um sistema estanque de desempacotamento e coleta de material. Com ela, quase 80% do material descartado na produção de uma peça pode ser reutilizado na produção de outra. Segundo Raupp, o custo de implementar a solução completa de manufatura digital com a Jet Fusion começa a partir de US$ 400 mil. O primeiro cliente da Jet Fusion no Brasil é a Flex (antiga Flextronics), que já fabrica impressoras e PCs da HP. “Como brasileiro, estou muito orgulhoso”, diz Leandro Santos, gerente geral da Flex. “Poucos países tem nossas vantagens. Temos uma indústria forte, boas instituições académicas e um grande mercado interno. Produzimos carros, televisões, Fazemos notebooks, celulares e essa tecnologia permite realizar inovações muito mais rapidamente”. Segundo ele, o custo de ferramental para manufatura era um grande empecilho para a inovacão. O Brasil foi escolhido pela no como um dos mercados prioritários para seu negócio de impressão 3D devido ao tamanho de seu parque industrial, principalmente nos setores automotivo, de saúde e aeroespacial. A HP deve lançar no ano que vem uma impressora Multi Jet que imprime peças em metal.