A maior aquisição da história da IBM
Fundada em 1911, a IBM certamente está entre nós há um bom tempo. E é exatamente isto que faz esta compra ser tão impressionante, já que se trata de uma manobra grande até para os padrões da empresa conhecida como Big Blue. Anunciada na conta da Red Hat no Twitter, a absorção realizada pela IBM teve custo de US$ 190 por ação e, sobretudo, representa o próximo passo por parte da gigante do ramo de informática. Isto porque, ao se tratar de sistemas de nuvem e principalmente do sistema operacional Linux, a Red Hat realmente se destaca. Além disso, outro fator decisivo para a transação foi o OpenShift, um provedor do tipo Platform-as-a-service (Plataforma como um serviço, em tradução livre) que compete diretamente com o Google App Engine, por exemplo. No geral, a Red Hat foi e ainda é responsável pelo sistema de muitas empresas nestes 25 anos de história. Seja no quesito armazenamento, computação de contêineres ou até computação sem servidores, a distribuidora de software tem muito a acrescentar na Big Blue.
Fãs do Linux, não se preocupem
Um dos principais impactos trazidos pela compra da Red Hat por parte da IBM se dará na plataforma Linux como um todo. Caso não saiba, ambas as empresas ajudaram no desenvolvimento do ecossistema. A contribuição da Red Hat, por exemplo, se deu no desenvolvimento do Kernel do sistema operacional e em projetos como Libre Office – uma suíte de aplicativos de código aberto para escritório – e GNOME – outro software de código aberto para o Linux. Já a IBM, embora tenha suas próprias motivações por trás desta compra, tem contribuído para o desenvolvimento do ecossistema Linux desde 1999. Desde então, a Big Blue tem investido na plataforma livre indiretamente, através de doações. Confira o que a empresa tem a dizer sobre a aquisição: “Com esta aquisição, a IBM continuará comprometida com a política aberta da Red Hat, suas contribuições de código aberto, sua participação na comunidade e no modelo de desenvolvimento do código aberto e fomentando seu ecossistema de desenvolvimento amplamente difundido. Além disso, tanto a IBM quanto a Red Hat continuarão comprometidas com a liberdade contínua do código aberto, através de esforços como o Patent Promise, o GPL Cooperation Commitment, a Open Invention Network e a LOT Network.” De acordo com Ginni Rometty, a CEO da IBM, a maioria das empresas possuem somente 20% de seus sistemas baseados em nuvem. A ideia aqui é mudar este cenário, implementando soluções de código aberto em situações que demandariam sistemas totalmente fechados. Em um comunicado conjunto, ambas as empresas confirmaram a aprovação do negócio, que será analisado por acionistas nos próximos meses e, finalmente, concluído até o segundo semestre de 2019. Vale lembrar que a Red Hat será integrada à divisão Hybrid Cloud da IBM, que hoje tem valor estimado de US$ 19 bilhões e tem como principal objetivo a distribuição de serviços de nuvem híbridos. Fonte: The Next Web e TechCrunch.