Do ponto de vista do consumidor, a diferença mais importante é a velocidade. Cada geração nova de internet móvel chega para trazer novos patamares de velocidade, estabilidade de conexão e outras melhorias.
Internet 2G e 3G
As redes 2G foram as que dominaram a telefonia móvel na década de 90. Essa tecnologia fez seu Debut em 1991 e ao longo da década recebeu incrementos nos padrões 2.5G e 2.75G (melhorias no 2G mas que ainda não configuram outra geração). O principal padrão de especificação do 2G é o GSM (Global Standard For Mobile Communications), desenvolvido pela European Telecommunications Standards Institute. Dependendo da versão, a internet 2G pode ter velocidades que vão de 40 Kbit/s até 500 Kbit/s. Já o 3G foi lançado comercialmente no início dos anos 2000. A especificação padrão é o IMT-2000, elaborado pela International Telecommunication Union. Pela especificação, a velocidade de uma rede 3G tem que ser no mínimo 200 Kbit/s, com as evoluções 3.5G e 3.75G alcançando a casa de vários Mbit/s.
4G e 4G+
A geração 4G foi a sucessora da 3G. O primeiro lançamento comercial foi em 2009, em Oslo, na Noruega. A geração 4G é baseado no padrão LTE (Long-Term Evolution), que por sua vez é uma evolução do GSM/EDGE e UMTS/HSPA, últimas evoluções da terceira geração de telefonia móvel. Em tese, em uma rede 4G você alcança até 150 Mbit/s. Na prática, a velocidade de download fica em torno de 20 Mbit/s. De acordo com o último relatório da Opensignal, a Claro tinha a rede 4G mais rápida no Brasil (dados de novembro/2016) com 27.5 Mbit/s de taxa média de download. Já o 4G+, também conhecido como LTE Advanced ou LTE-A, é uma evolução do padrão LTE para permitir maiores velocidades e melhorar a estabilidade e capacidade de propagação (o que facilita a expansão da rede de cobertura das operadoras). No 4G+ é possível alcançar velocidades de até 450 Mbit/s, com taxas médias de download tipicamente na casa dos 120 Mbit/s. No gráfico acima, a rede LTE-A estaria logo em seguida ao LTE, alcançando o patamar dos 400 Mbit/s (note que a escala do gráfico está em Kbit/s, e não Mbit/s). GPRS e EDGE são tecnologias da segunda geração (2G). UMTS e HSDPA são tecnologias da terceira geração(3G).
4G+ no Brasil
Átila Branco, diretor de engenharia móvel da Vivo, informou ao Showmetech que atualmente já há cerca de 60 cidades com a tecnologia implementada pela operadora. Portadoras são as ondas de sinal que são moduladas para transmitir informações. Conforme complementado pela Vivo, outras evoluções adotadas no 4G+ que o diferenciam do 4G são: “Uma nova forma de modulação de dados, chamada de 256 QAM, e o MIMO 4×4, que permite que mais feixes sejam transmitidos e recebidos de um aparelho móvel, ajudando a aumentar as taxas de dados”. No Brasil, TIM, Claro e Vivo começaram a oferecer o serviço ainda em 2016. Segundo Átila, “a rede 4G+ usa as atuais frequências de 2600 e 1800 com agregação de duas portadoras. À medida que a frequência de 700MHz usada para TV Analógica for liberada, será usada para agregar mais bandas ao 4G+”
Enquanto o 5G não chega…
Até a chegada da 5G, esperada para algo em torno de 2020, o 4G+ terá tempo de se expandir e popularizar mais à medida que a cobertura das operadoras também se expanda e os preços dos planos fiquem mais palatáveis. Se você quer saber o quão melhor a rede 4G+ é em relação ao 4G tradicional, fica a explicação do próprio Átila Branco, da Vivo, sobre a questão: Cidades como São Paulo já têm a rede 4G+. Para saber se o seu aparelho é compatível com a tecnologia, clique aqui.