O 128-bit da Nintendo
Lançado em 14 de setembro de 2001 no Japão e chegando oficialmente no Brasil através da Gradiente em 23/08/2002, o GameCube foi um console que gerou muitas memórias nos jogadores, seja pelos seus jogos e também pela forma com que se apresentava. Um cubo em formato de forninho que trazia uma alça para você levar a qualquer lugar e rodava um novo tipo de mídia eletrônica em tamanho mini. Pronto, estava aí mais um videogame para fazer parte da família dos consoles 128-bit, que até então só havia sido estreada com o Dreamcast e o PlayStation 2, e logo depois se completaria com o Xbox. Em sua estrutura o GameCube vinha com um processador Gekko de 485 MHz (extensão da arquitetura PowerPC 750), gerava gráficos através do processador Flipper da ATI/ArtX que comprimia texturas em escala 6:1, e possuía 64 canais de áudio com múltiplas capacidades. Ele também trouxe um controle super ergonômico — considerado como um dos melhores controles de videogame já feitos —, muitos acessórios (Memory Card, Wave Bird, Microphone, GBA Link, Modem, Game Boy Player, para citar alguns) e uma infinidade de modelos e versões de consoles, incluindo bundles temáticos de Resident Evil 4, Pokémon XD, Tales of Symphonia, MTV Airbrush, e até aquele capaz de rodar DVDs em tamanho real, o Panasonic Q. A briga com seus concorrentes da Sony e Microsoft geraram uma competição no ramo de jogos exclusivos — ainda que esta geração de videogames foi uma das que mais teve títulos multiplataforma em seu conjunto. Ele contou com muitos exclusivos de empresas parceiras e até teve edições especiais com um toque Nintendo de exclusividade em alguns jogos multiplataforma, porém, infelizmente, ficou de fora de muitas conversões de títulos que eram lançados aos montes nos consoles PS2 e XB. Com isto, a Nintendo se esforçou para a compra de empresas importantes para trabalho exclusivo em franquias consagradas, tendo como as mais importantes a Silicon Graphics e a Retro Studios, responsáveis pelos títulos Eternal Darkness e Metroid Prime, respectivamente.
Conexão atual em TVs
Um dos grandes questionamentos quando o assunto é jogar games antigos é o fator qualidade de imagem. Afinal, como rodar jogos de forma bonita em aparelhos que não foram pensados à época de construção destes consoles. Este é um problema das TVs mais modernas, pois muitas não aceitam mais os padrões antigos e as resoluções 240i ou 480p. Portanto, muitas delas acabam entregando pequenos atrasos na conexão — muito perceptíveis em jogos de ritmo e outros que necessitam de maior precisão — e uma baixa qualidade nas imagens emitidas, diferentemente do que acontecia com as antigas TVs de tubo, ou nas primeiras telas de LCD ainda compatíveis com a tecnologia antiga. Uma forma de contornar essa questão e uma tentativa de voltar a enxergar a beleza que os jogos retrô nos transmitiam em suas épocas, mas nas TVs modernas, é com o uso de pequenos e poderosos acessórios capazes de tratar a imagem e diminuir atrasos (os famosos Lags) através da multiplicação de linhas (tais como o OSSC) ou aumentando sua resolução (como o Framemeister), de forma a conservar o máximo das origens das imagens geradas nos consoles antes destas serem enviadas para a TV através de um cabo apropriado. Podem parecer um itens dispensáveis para quem joga games atualmente, mas se tornam extremamente úteis para jogos anteriores à tecnologia HD. A conexão direta em TVs atuais sem o tratamento adequado significa, a grosso modo, deixar a cargo do aparelho televisor apenas esticar as “imagens velhas” ao seu modo, deixando a qualidade, muitas vezes, a desejar, ou até causando algum incômodo, seja pelo embaçamento, alto nível de serrilhado ou aquela lembrança incompatível de imagens que se apresenta. Exemplos de aparelhos e cabos especiais para melhorar mais ainda mais e tornar ainda mais fiel o envio das imagens existem aos montes. Portanto, eles demandam uma pesquisa bem aprofundada do usuário, baseado em suas preferências e dispositivos a serem usados, para delinear a melhor opção.
Melhores jogos de GameCube
A Nintendo soube aproveitar seus momentos ao longo dos anos e, para cada situação, soube se reinventar. Cada videogame da empresa trouxe títulos exclusivos e que combinavam muito bem com as especificações técnicas e visuais que ela possuía nas mangas. Desde os exclusivos da empresa (mesmo que por um certo momento) até os terceirizados — alguns com características exclusivas — a Big N não decepcionou os fãs quando o assunto era diversidade. A biblioteca do GameCube foi e continua sendo uma das mais queridas de todo fã da empresa. Montar uma lista de melhores jogos de um dos melhores consoles (podem julgar) de todos os tempos pode parecer uma tarefa, no mínimo, parcial. Portanto, esta lista possui como embasamento, além de experiências pessoais do autor, a recepção do público e também avaliações em sites como o Metacritic, IMDB e N-Zone — revista de época original da Alemanha que trata exclusivamente sobre videogames Nintendo e está na ativa até hoje! Portanto, caro leitor, caso tenha sentido falta de um título que não esteja nesta lista, comente abaixo mostrando os seus motivos e a importância do game em questão. Consideramos aqui os lançamentos iniciais de cada game, que, na maioria, ocorreu no Japão (JP), mas também contou com debutes na América do Norte (AN). Posto isto, vamos à lista!
Animal Crossing
Metacritic: 87 | IMDB: 8,0 | N-Zone: 89 O primeiro jogo da franquia Animal Crossing no GameCube, que vinha com a descrição Population Growing (População em Crescimento, em português), agitou o mundo por trazer um game inovador no gênero de simulação social com animais simulando seres-humanos. Já conhecido dos japoneses como Doubutso No Mori+, ele continuou e ampliou os horizontes de Doubutso No Mori, lançado oito meses antes para o Nintendo 64. Através do GameCube e do seu amplo lançamento, Animal Crossing ganhou fama internacional por apresentar um mundo de possibilidades e o controle de toda uma vida pulsante na gloriosa ilha tropical que abriga os animais da região. Foi nele também que o game pôde simular as datas e os horários reais do dia a dia ao contar com a precisão do relógio interno contido no aparelho, além de possibilitar a visita de outros jogadores em sua região graças à interação com dois Memory Cards em um mesmo aparelho. Lançamento inicial: 14/04/2001 (JP)
Donkey Konga
Metacritic: 76 | IMDB: 7,6 | N-Zone: 89 “Is the rhythm in you?”. É com este subtítulo que acompanha a case de Donkey Konga que os jogadores foram transportados para um mundo novo, em que grandes hits dos anos 90 e 2000 poderiam ser batucados por até quatro jogadores em uma Jam Session local! Donkey Konga se destacou pela sua inovação, em uma época em que os jogos de ritmo ainda não estavam tão populares, e usava como controle um par de bongôs para controlar músicas famosas ao mesmo tempo em que coletava bananas para sua coleção. Tamanho sucesso garantiu ao game mais duas continuações (a terceira lançada somente em solo japonês) e diferenças regionais (Japão, EUA e Europa) no setlist de cada uma das duas primeiras versões. Lançamento inicial: 12/12/2003 (JP)
Eternal Darkness: Sanity’s Requiem
Metacritic: 92 | IMDB: 8,9 | N-Zone: 90 O medo tomou conta neste jogo de ação e terror psicológico exclusivo do GameCube. Desenvolvido pela canadense Silicon Knights (Blood Omen: Legacy of Kain), Eternal Darkness soube unir puzzles desafiadores e cenas ambientadas em localizações reais, como hospitais e ruínas, tudo regado a uma atmosfera dark com doses de eventos assustadores. O título insere como inovação uma barra de medidor de insanidade para controlar aspectos psicológicos no jogador — por vezes, brincando com detalhes a partir deste sensor — e constrói seu enredo baseando-se na história de 12 personagens que podem ser controlados de diferentes maneiras. Lançamento inicial: 24/06/2002 (AN)
F-Zero GX
Metacritic: 89 | IMDB: 8,3 | N-Zone: 91 Corridas surreais e muita velocidade! Estes são os requisitos para embarcar na onda F-Zero dos jogos de corrida. Considerado o último grande título da franquia — que há muito vem sendo esquecida pela Nintendo —, F-Zero GX, continuação de F-Zero X (Nintendo 64), trouxe para as pistas do GameCube ainda mais velocidade, um Modo História inovador — que o coloca como um dos jogos mais difíceis do console — e um mundo Hi-Tech com muitas características que os fãs da franquia tanto curtem. Uma versão para Arcade, chamada F-Zero AX também foi lançada à época de GX, trazendo similaridades quanto à estrutura de jogo, conexão via Memory Card com o game para console e uma copa inteiramente nova à sua espera. Lançamento inicial: 25/07/2003 (JP)
Killer 7
Metacritic: 74 | IMDB: 8,3 | N-Zone: 86 A narrativa complexa de Killer 7, fruto da mente brilhante de Suda 51, é também a mesma que lhe abriu as portas do sucesso com este game que une ação sobre trilhos com uma pitada de puzzles e tiroteios. O universo de Killer 7 se insere em uma realidade alternativa em que você deverá controlar sete personalidades, contratadas pelo governo para conter uma ameaça ao país. O jogo une um misto de loucuras e bizarrices pesadas em cenários com um estilo gráfico que se apoia no Cel Shading para sua construção artística, tornando-se hoje um cult clássico e que todos precisam conhecer. Em 2018, uma versão para Steam em HD do game foi lançada nos PCs. Lançamento inicial: 09/06/2005 (JP)
Luigi’s Mansion
Metacritic: 78 | IMDB: 8,1 | N-Zone: 86 – “Buuu!” – “Maaarioooo?!” São com estas frases que recebemos este título de estreia do 128-bit da Nintendo. Sim, o primeiro grande jogo do GameCube com o selo N da casa estampado ficou a cargo não de Mario, mas do seu irmão Luigi, que, de maneira inovadora, trouxe um título completamente novo e estiloso. Com uma pegada Ghostbusters (Os Caça Fantasmas) e utilizando muitos elementos da franquia Resident Evil, além de inserir traços de plataforma com a qualidade dos títulos da casa, o primeiro Luigi’s Mansion foi um marco gratificante. Dava gosto controlar o medroso Luigi pela mansão assombrada, aspirando diversas espécies de fantasmas e objetos com a Poltergust 3000, resolvendo enigmas e derrotando chefões em busca de seu irmão capturado. Tamanho sucesso lhe rendeu um Remake para o Nintendo 3DS e duas continuações — Luigi’s Mansion: Dark Moon (3DS) e Luigi’s Mansion 3 (Switch) (confira nosso Review). Lançamento inicial: 14/09/2001 (JP)
Mario Kart: Double Dash
Metacritic: 87 | IMDB: 8,5 | N-Zone: 89 Se tem um jogo que não pode faltar na biblioteca de um console de mesa da Nintendo, este se chama Mario Kart. Presente desde a época do Super Nintendo, a franquia é responsável por altos “rachas” entre amigos e muitos itens sendo lançados à torto e à direita para conseguir aquela vaga no pódio. Em Mario Kart: Double Dash, tivemos uma revolução ao permitir o comando de um segundo jogador no banco de trás para arremessar itens enquanto o primeiro pilotava o kart por novos e inspiradores cenários. Esta edição também possibilitou a jogatina para até 16 jogadores, graças à conexão LAN entre mais GameCubes conectados, ainda que esta fosse uma tarefa logisticamente difícil de se realizar. Lançamento inicial: 07/11/2003 (JP)
Metal Gear Solid: The Twin Snakes
Metacritic: 85 | IMDB: 9,0 | N-Zone: 90 Remake que homenageia o legado do título original para PlayStation, Metal Gear Solid: The Twin Snakes se constrói de forma sublime. As adições e melhoramentos, incluindo todo o trabalho de redublagem feito, garantiram ao título — uma obra-prima de Hideo Kojima e popularizou o gênero stealth — o status que ele merecia. Para um novo momento e época da saga, novos controles e mudanças na inteligência artificial dos inimigos foram alteradas, o que gerou novos desafios para os velhos de guerra, mas também uma revitalização para aqueles que quisessem entrar de cabeça na franquia pela primeira vez. Um primor de trabalho em conjunto entre a Silicon Knights e Konami que garantiu ótima recepção do público e da imprensa especializada, angariando elevadas notas nas mais diversas publicações sobre videogames. Lançamento inicial: 09/03/2004 (AN)
Metroid Prime
Metacritic: 97 | IMDB: 8,9 | N-Zone: 94 Queridinho de muitos e aquele que colocou nossa heroína Samus Aran em um mundo tridimensional com visão em primeira pessoa, Metroid Prime logo se tornaria um clássico e inseria a fórmula que conquistaria boa parte do público. Com seu sistema de exploração e resolução de puzzles, mas sem abandonar também o fator tiro em primeira pessoa (FPS) — mesmo que mais voltado à estética dos jogos de plataforma — esta obra-prima que merece ser vista (aos olhos de Samus) e jogada por todos os amantes de videogames. O game insere o jogador no mundo de Tallon IV e o coloca para explorar, com seus Scan Visors, as nuances da região, desde áreas desérticas (Chozo Ruins) até àquelas com muita neve (Phendrana Drifts) e cápsulas de mísseis escondidas em vidraças de gelo. Extremamente merecedor de um Remake ou de uma Remasterização. Lançamento inicial: 18/11/2002 (AN)
Paper Mario: The Thousand-Year Door
Metacritic: 87 | IMDB: 9,0 | N-Zone: 89 Considerado por muitos como o melhor Paper Mario, este jogo soube aproveitar bem os elementos de RPG e aventura da marca em um mundo onde Mario deve coletar as sete Crystal Shards para abrir as portas do The Thousand-Year Door. A família estava toda reunida aqui, Peach, Bowser, Toad, e os seus parceiros de batalha Goombella, Koops, Yoshi, entre outros, para se juntarem em uma nova aventura que simula suas fases em formato de capítulos de um livro. Eis que temos, então, um título feito com o mais alto primor pelas mãos da Intelligent Systems, sabendo inserir novidades, um visual incrível, puzzles variados e muito carisma e humor durante a história e até mesmo nas lutas contra inimigos que contava com, acredite, uma plateia. Lançamento inicial: 22/07/2004 (JP)
Pikmin
Metacritic: 89 | IMDB: 8,1 | N-Zone: 88 Aterrisando no GameCube como uma nova IP (propriedade intelectual) de conceitos inovadores, Pikmin fez alarde em seu lançamento e se consolidou como um jogo de estratégia em tempo real dos mais carismáticos e interessantes no console da Nintendo. Não é de hoje que a empresa sabe inovar com novas e diferentes franquias, e quem diria que pequeninos seres extraterrestres conquistariam tantos fãs mundo afora. Em Pikmin, você deve ajudar o Capitão Olimar a recuperar as peças de sua nave após este sofrer uma queda em um mundo novo, repleto de mistérios, obstáculos e inimigos. Contudo, ele irá contar com a ajuda de seres minúsculos, chamados Pikmin, que o auxiliarão em uma narrativa contra o relógio para voltar são e salvo à sua terra. Junte um ou mais deles e faça a sua estratégia, mas não deixe de protegê-los dos inimigos e leve-os de volta à nave antes de anoitecer para que não sejam devorados pelos Bulborbs. Lançamento inicial: 26/10/2001 (JP)
Prince of Persia: The Sands of Time
Metacritic: 92 | IMDB: | N-Zone: 91 Remake de um clássico dos videogames lançado para MS-DOS, Prince of Persia: The Sands of Time foi um título multiplataforma que inovou por trazer ao universo dos jogos em 3D múltiplas artimanhas para a série, somente possíveis com o uso da tecnologia moderna, garantindo gráficos estonteantes, simulação de movimentos ainda mais realistas e um poder de processamento que não se pensava antes. O título trouxe o melhor dos jogos de exploração e ação em plataformas, chegando a ser consolidado como um dos melhores jogos do ano por diversas publicações (isto antes de existir a The Game Awards). A Ubisoft soube traduzir em gráficos e jogabilidade toda a atmosfera faraônica e de oásis do game, resultando em belíssimos cenários de muita arte, isso sem esquecer de trazer de volta elementos que tanto consagraram a franquia. Outra novidade foi o efeito de retroceder as ações e controlar o tempo, deixando o personagem também mais lento e evitando mortes, tudo através do poder das Areias do Tempo (Sands of Time). Lançamento inicial: 18/11/2003 (AN)
Resident Evil 4
Metacritic: 96 | IMDB: | N-Zone: 95 Inicialmente lançado como um título exclusivo para o GameCube e uma grande aposta da Capcom — esta última que se manteve —, Resident Evil 4, o quarto título da franquia principal consagrada, trouxe consigo algumas mudanças muito bem-vindas e ganhou também um posto entre os melhores jogos de todos os tempos. Deixando de lado cenários anteriores como mansões e cidade, RE 4 nos apresentou a um universo mais claro e aberto, ambientado em uma zona rural, e a uma jogabilidade completamente nova, com possibilidades diversas de se proteger, fugir e atacar inimigos. Os chefões, cujas batalhas eram as mais criativas possíveis, e os seres mais assustadores, como o Dr. Salvador e sua serra elétrica, davam certo trabalho e causavam susto só por ouvir frases hispânicas como: – “Un Forastero!” ou “Detrás de ti, imbecil!“. Resident Evil 4 foi lançado para diversas plataformas, incluindo versões para o Zeebo e Oculus Quest 2 — e passa por remasterizações até hoje. Lançamento inicial: 11/01/2005 (AN)
Star Fox Adventures
Metacritic: 82 | IMDB: 7,5 | N-Zone: 91 O último grande jogo da Rare para um console Nintendo desembarcou no GameCube sob o título Star Fox Adventures. Desenvolvido originalmente para o Nintendo 64 e sob uma nova perspectiva, deixando de lado os combates aéreos e apostando em um mundo vasto de explorações, lutas e quebra-cabeças, Star Fox Adventures soube construir um mundo sólido e desafiador no envolvente Dinosaur Planet. No controle de Fox McCloud — a raposa mais famosa do universo — portando suas armas e itens especiais, o jogador deve navegar em um vasto mundo novo e, ao mesmo tempo, pré-histórico em busca de SpellStones, Krazoa Spirits e com o intuito de salvar a população local das garras do temível vilão General Scales, que ameaça prover mudanças no equilíbrio de energia planetário. Lançamento inicial: 23/09/2002 (AN)
Super Mario Sunshine
Metacritic: 92 | IMDB: 8,1 | N-Zone: 91 O novo Super Mario lançado para o GameCube trouxe algumas belas novidades que não o faziam ser uma continuação tão direta do título lançado no Nintendo 64. Na verdade, ele era diferente, porém, trazia muito mais para aqueles que souberam aproveitá-lo. Em Super Mario Sunshine, o protagonista bigodudo, enfim, tirava férias em uma viagem à tropical Isle Delfino, todavia, é claro que esta aventura não acabaria com a turma toda bronzeada e sem um pouco de sustos e agitação. Logo, a desordem se manifesta com uma conspiração e somos apresentados a um universo totalmente praiano, com fases inspiradas e modos de jogo que priorizam o uso da água como um de seus elementos principais. Está tudo lá, desde os chefes pirados, passando por obstáculos inteligentes, até a busca por muitas moedas e itens secretos, mas agora com novos ares, combinando o uso do acessório FLUDD para limpar a sujeira e também para controlar Mario por muitos momentos belos e divertidos em um clima tropical e sereno. Lançamento inicial: 19/07/2002 (JP)
Super Smash Bros. Melee
Metacritic: 92 | IMDB: 9,1 | N-Zone: 84 Considerado o mais competitivo Super Smash Bros. já lançado (tanto que traz sempre a adaptação do controle do GameCube aos novos títulos), Super Smash Bros. Melee foi o responsável por apresentar à geração 128-bit uma quantidade absurda de coletáveis e de modos de jogo, responsáveis por levar a série a um novo patamar. O duelo de franquias da casa, cada qual utilizando os principais personagens e cenários de séries como Donkey Kong, Ice Climbers, Metroid, F-Zero, Earthbound estava estabelecido mais uma vez, porém, agora com muito mais vigor. Novos e estupendos cenários vinham para complementar a jogabilidade precisa e muito movimento era proporcionado através de todo o poderio de processamento do GameCube, trazendo partidas ágeis e fluídas para até quatro jogadores. No todo, um game com o tempero Nintendo em sua dose máxima, feito para nenhum fã deixar de ficar boquiaberto com tamanha qualidade e diversão proporcionada. Lançamento inicial: 21/11/2001 (JP)
The Legend of Zelda: The Wind Waker
Metacritic: 96 | IMDB: 9,0 | N-Zone: 95 O game que fez muitos torcerem o nariz em sua divulgação na E3 2002 por apresentar gráficos em Cel Shading e, à primeira vista, distanciar-se da tão amada atmosfera da franquia, The Legend of Zelda: The Wind Waker foi um marco. Sem se preocupar com as convenções estilísticas da obra, ele soube entregar um jogo completo, recheado de aventuras e puzzles (fora e dentro de calabouços) inteligentes e muito desafiadores, mas também agradáveis. A bordo do King of Red Lions, Link podia viajar nos grandes mares de um mundão sem precedentes, enfrentando as reviravoltas da fauna aquática e descobrindo ilhas e novos povos até a sua jornada final com o grande e temível Ganondorf. Lançamento inicial: 13/12/2002 (JP)
The Legend of Zelda: Twilight Princess
Metacritic: 96 | IMDB: 9,1 | N-Zone: – Um segundo grande título Zelda no mesmo console e que abria as portas para a nova geração, com o Nintendo Wii, não podia ser esquecido. Após muitos adiamentos e uma apresentação mais “adulta” para a série, que pretendia resgatar os fãs mais hardcore da franquia, The Legend of Zelda: Twilight Princess foi como um sonho sendo realizado, trazendo um mapa enorme, nove dungeons e a volta das cavalgadas no campo e dos clãs característicos em locações totalmente refeitas. A novidade aqui ficou por conta do estilo mais “dark” da franquia — passando à frente de Majora’s Mask — e da transformação de Link em um lobo, o Wolf Link, o que garantiu novidades na jogabilidade e muitas nuances para a resolução de enigmas. Um grande jogo que, assim como seu antecessor, ganhou uma versão em HD para o Nintendo Wii U anos depois. Lançamento inicial: 02/12/2006 (JP)
Tony Hawk’s Pro Skater 4
Metacritic: 91 | IMDB: 7,7 | N-Zone: – O mundo do skate teve um grande e último bom jogo da franquia Tony Hawk’s em sua quarta edição. Aprimorando aspectos da série e trazendo muito do que os fãs sempre gostaram, Tony Hawk’s Pro Skater 4 foi muito bem recebido pela indústria, ganhando versões até mesmo para o PlayStation One e GBA. Aqui, o modo carreira dava ao jogador a possibilidade de andar livremente pelo cenário em busca de missões, deixando a cada skatista uma motivação diferente para prosseguir na aventura. Muitos aprimoramentos foram feitos neste título, assim como a inserção de músicas variadas e novos cenários — a maioria deles situados na Califórnia (Alcatraz, College e San Francisco), o lar dos skatistas. Lançamento inicial: 23/10/2002 (AN)
Viewtiful Joe
Metacritic: 93 | IMDB: 7,8 | N-Zone: 90 E, para fechar a lista, um título impactante! Dirigido por Hideki Kamiya (Devil May Cry, Bayonetta), Viewtiful Joe foi o responsável por trazer aos videogames um universo rico em 2D em um Beat ’em Up estiloso e com cenários em estilo cinematográfico. A novidade implementada com o uso dos VFX Powers (Viewtiful Effects Power) garantia ao protagonista o poder de alterar a velocidade durante suas andanças pelos cenários e nas lutas contra os muitos inimigos que surgiam ao mesmo tempo na tela. O game foi lançado inicialmente com exclusividade para o GameCube e teve uma ótima recepção, o que lhe garantiu diversas premiações, como o de “Jogo do ano” (IGN), “Personagem mais estiloso” (GameSpot), “Game Design mais inovador” (Nintendo Power), e também continuações e spin offs, como Viewtiful Joe 2 (GC, PS2), Viewtiful Joe: Red Hot Rumble (GC, PSP) e Viewtiful Joe: Double Trouble! (NDS). Lembramos dele com carinho e de sua frase de destaque “- Henshin-a-go-go, baby!“. Lançamento inicial: 26/06/2003 (JP) Veja mais E aí, leitores? Curtiram esta lista com os melhores jogos de GameCube? Concordam conosco ou gostariam de ressaltar algum ponto, ou jogo, que deixamos de destacar? E para vocês, qual o melhor título para o GameCube? Conte pra gente nos comentários! E se você gosta de listas, confira também esta super lista com os 20 melhores jogos do Super Nintendo! Fontes: Nintendo, Nintendo Blast, NParty, Revista Nintendo World