É uma tarefa dificil, já que, muitas vezes, o que mensura sucesso ou qualidade? Números, valor artístico? Para alguns a balança pende mais para um lado do que o outro. Pensando nisso, unimos o melhor dos dois mundos e selecionamos os filmes que fizeram burburinho por seus muitos méritos, quais eles sejam. Houve grandes lançamentos, cheio de controversas e opiniões polarizadas, como The Irishman, filme original Netflix de Martin Scorsese estrelado por Robert DeNiro, Al Pacino e Joe Pesci, o polêmico e promissor Uncut Gems, longa que pode dar à Adam Sandler a sua primeira indicação ao Oscar, e claro, não podíamos esquecer de Star Wars – A Ascensão Skywalker, último longa desta nova trilogia Star Wars. Verdade seja dita: Os melhores filmes deste ano ofereceram uma safra de ótimas opções que conciliam sucesso de bilheteria com sucesso de crítica – outras vezes os dois. Desde o término de um trabalho de mais de 10 anos a filmes solo que vão cravar o tom para franquias futuras, a lista abaixo certamente agradará a maioria das pessoas que curtem uma boa história. Confira abaixo a nossa lista:
Coringa (Joker)
Coringa é um fenômeno curioso que vem atraindo cada vez mais pessoas para as salas de cinema. Até o presente momento em que esta matéria é escrita, o longa já arrecadou US$ 1 bilhão em bilheteria mundial, tornando-se o filme mais rentável da Warner em 2019 e o mais assistido em um mês de outubro da história. Os números se justificam, porém, uma vez que tem a difícil missão de reintroduzir um novo imaginário do maior arqui-inimigo do Batman após a gloriosa aparição do agente do caos vivido por Heath Ledger em Cavaleiro das Trevas, que lhe garantiu um Oscar póstumo para Melhor Ator Coadjuvante. Recheado de polêmicas, uma série de notícias diárias que impulsionam o interesse ou que segrega as opiniões e aclamado por público e boa parte da crítica, o filme dá à Warner e à DC o fôlego que precisa para competir diretamente com a Marvel em seus próprios termos, cravando para si um nicho que até então sua concorrente tem tido certa dificuldade: o tipo de filme a ser levado à sério.
Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame)
Vingadores: Ultimato chegou aos cinemas com a certeza de que seria um dos melhores filmes de 2019 logo de cara. Toda a comoção em seu lançamento tem motivo: é o grande clímax de um trabalho desenvolvido pela Marvel e Disney nos cinemas ao longo de dez anos. Tanto foi o sucesso do longa que ele conseguiu o feito de ultrapassar Avatar, de James Cameron, e se tornar a maior bilheteria de todos os tempos, com US$ 2,78 bilhões. A apresentação de novos favoritos não deixa a despedida menos dolorosa para alguns dos personagens mais icônicos da franquia até então. E é nesse misto de alegria, tristeza e uma nostalgia difícil de explicar que Vingadores: Ultimato torna-se um dos melhores filmes do ano. Possui seus erros sim, mas não vamos esquecer os seus méritos, inclusive o maior de todos eles é: personagens cativantes que vão deixar saudade. Se mensurar qualidade ater-se apenas em números, temos um vencedor.
Capitã Marvel (Captain Marvel)
Capitã Marvel foi um dos filmes que abriu os trabalhos da Marvel para o ano de 2019 e gerou demasiada expectativa para Vingadores: Ultimato, já que este seria a estreia oficial da personagem mais poderosa do Universo até então. E não pense que só de superpoderes que vive a Capitã Marvel. Pelo contrário. No mesmo esquema que o primeiro Capitão América, Capitã Marvel dá conta de trazer uma história de origem em um outro período histórico, neste caso, os anos 90. E, por isso, nos oferece uma trilha sonora tão deliciosa quanto a de Guardiões da Galáxia. É um convite para abraçar a nostalgia. Mas seus méritos não acabam por aí: tem uma história trincada, personagens cativantes e um vilão de pompa e vilania que o torna um candidato merecedor do Hall da Fama de grandes vilões da Marvel. Sem exageros. É um pontapé inicial promissor para uma das personagens que podem se tornar líderes desta nova fase na Marvel. É o fim de década e o início de uma era.
Nós (Us)
Para aqueles que amaram Corra!, vai encontrar em Nós todos os elementos que tornaram o primeiro tão singular. É daqueles filmes de terror pretensioso, mas é exatamente tudo que precisávamos e não sabíamos. Com direção e roteiro original de Jordan Peele, o mesmo que idealizou Corra!, e a atuação digna de Oscar de Lupita N’yongo, o longa merece uma chance de ser contemplado. Sua simbologia, sua capacidade de gerar debate e conversa sobre assuntos extremamente atuais fazem deste filme uma sessão imperdível. É um convite para refletir, do melhor jeito que o cinema pode oferecer, com a melhor experiência. Todos os elementos de filme de terror estão presentes: tensão, mistério, jump scares e as cenas mais gráficas. Há alívio cômico também, e, mesmo que eles existam, só haverá um único momento possível que se possa relaxar, que é quando a sessão acaba.
Vidro (Glass)
Vidro é um dos melhores filmes de 2019 exatamente por sua capacidade de renovação. É um misto de novidade com ambição e surpresa. Coube a ele abrir um ano cheio de filmes de super-heróis e encerra a trilogia improvável de M. Night Shyamalan. Isso porque ele dá conta de unir o útil ao agradável e conectar dois filmes que estão, à primeira vista, muito distantes um do outro: Corpo Fechado e Fragmentado. E não pense que se limita ao intervalo de exatos 16 anos entre um lançamento do outro. Se Corpo Fechado, um drama despretensioso, tinha foco em Dunn (Bruce Willis), Fragmentado assume os gênero terror e a história da Besta (James McAvoy). Agora, como o próprio título sugere, Vidro supostamente traz o protagonismo à mente brilhante e engenhosa de Ellijah Price (Samuel L. Jackson), misturando todos os gêneros anteriores.
Era Uma Vez… em Hollywood (Once Upon a Time In Hollywood)
O nono filme de Quentin Tarantino não poderia ser menos audacioso ou menos pretensioso. Este é Era uma Vez… Em Hollywood, uma verdadeira carta de amor do diretor para a era de ouro do cinema e para o declínio da chamada era flower power. Com elenco estrelado e uma dupla de protagonistas que, somente pela força de seus nomes, são capazes de chamar público cativo, Brad Pitt e Leonardo DiCaprio entregam mais uma vez um trabalho coerente. Enquanto DiCaprio é Rick Dalton, ator pouco experiente de faroestes televisivos, Pitt dá vida à Cliff Booth, dublê decadente e assistente pessoal de seu melhor amigo. E é sua busca em um lugar ao sol que une estes três personagens, não em cena muitas vezes, mas em tela, onde se aventuram em Hollywood em busca da tão desejada grande oportunidade.
El Camino: A Breaking Bad Movie
É sempre um risco brincar com perfeição, e Breaking Bad é uma das realizações mais perfeitas que o audiovisual americano atingiu nos últimos anos. Sucesso de crítica e público, basta uma rápida pesquisa e certamente encontraremos a jornada de Walter White sendo um consenso de que é uma das raras produções televisivas que manteve seu alto padrão do primeiro frame até seu excelente final. Precisaria ser louco para se arriscar a mexer em uma obra-prima, mas Vince Gilligan é um homem que gosta de arriscar. El Camino não é muito relevante para a mitologia geral de Breaking Bad, uma série perfeita por si só. Temos um fan service caprichado em termos de direção, diálogos e principalmente as diversas participações que vão aquecer os corações dos fãs, além de oferecer um desfecho mais concreto para o Jesse Pinkman de Aaron Paul. Uma obra que não se arrisca, mas que não estraga a obra-prima da televisão. Um epílogo satisfatório.
Parasite
Parasite é para muitos o melhor filme do ano. Vencedor da Palma de Ouro de Cannes, a obra idealizada por Bong Joon Ho é um misto de gêneros: é terror, suspense, drama familiar e comédia. O diretor coreano é mais conhecido por obras mais mainstream como O Expresso do Amanhã, estrelado por Chris Evans, ou Okja, que tem Paul Dano, Jake Gyllenhaal, Steven Yeun e Tilda Swinton no elenco. Parasite, por sua vez, conta com elenco majoritariamente coreano e é aqui que ele encontra a máxima de sua expressão artística. Elementos que vemos nos títulos anteriores estão polidos e bem costurados neste filme. É um filme de inveja, de desigualdade social e de raiva. Talvez raiva seja o que melhor dita o ritmo deste longa que tem um plot aparentemente inofensivo de primeiro momento: um jovem tem a oportunidade de ser professor de inglês para a filha de uma família rica. O que ele faz depois? Garante emprego para todos os seus parentes na casa. É um verdadeiro fenômeno parasita, que se agarra com força à primeira oportunidade. O que o diretor faz com isso é uma verdadeira aula de dramaturgia e cinema e tudo o que podemos adiantar é que é impossível não sair embasbacado com o que vemos em ação em tela.
Midsommar
Midsommar é um filme de terror primoroso e pouco convencional. Isso porque o horror é às claras, sem a interferência da escuridão, escancarando o verdadeiro horror de um ambiente inóspito para forasteiros. Tem elementos insutados como paganismo e uma comunidade aparentemente pacífica como plano de fundo. Mas Midsommar sabe que é muito mais do que isso. Partindo da visibilidade que ganhou com o excelente Hereditário e o curta The Strange Thing About the Johnsons, o diretor Ari Aster parece ter se calcado, à princípio, pela força visceral de seus pontos de virada, deixando explícita a transição entre o drama mundano e o terror absoluto. Com Midsommar, no entanto, Aster passa a destacar o que, na realidade, confere tanto impacto às suas twists: são essencialmente existenciais. Aqui, mais do que em Hereditário, o âmago da protagonista é o que mais se transforma durante uma obra longa e um tanto perdida, que nem sempre evoca seus significados com sucesso. Devastada após uma tragédia familiar, Dani não vê outra saída a não ser acompanhar seu namorado Christian e seu grupo de amigos em uma viagem para uma aldeia pagã. O que eles não sabem é que seus moradores tinham outros planos para eles.
Bacurau
Bacurau pode não ser o representante brasileiro para o Oscar – a honra ficou para o emocionante A Vida Invisível – mas não significa que não seja uma das produções mais interessantes que saíram este ano. O que ele entrega é uma iniciativa muito próxima do que Parasite realiza: é um misto de gêneros. O longa está o tempo todo se transformando, apontando novos caminhos, rompendo com expectativas e ressignificando as imagens mostradas anteriormente. Ao espectador, cabe acompanhar a narrativa como quem tateia um caminho às escuras: aos poucos, sem certezas, aberto às inevitáveis surpresas que virão. O pontapé inicial da trama é que os moradores, lamentando a morte de sua matriarca, Carmelita, que viveu até os 94 anos, descobrem que a cidade de Bacurau sumiu do mapa. Os moradores então se unem em uma verdadeira batalha para o direito de existir. É justificável tamanho comoção que o filme causa por onde passa, inclusive conquistando o Prêmio do Juri em Cannes, honraria esta que somente O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, havia conquistado, lá em 1962.
O Irlandês
Dirgido por Martin Scorsese, Robert DeNiro dá vida a Frank Sheeran, mais conhecido como O Irlandês, um veterano de guerra cheio de condecorações que concilia a vida de caminhoneiro com a de assassino de aluguel número um da máfia. Promovido a líder sindical, ele torna-se o principal suspeito quando o mais famoso ex-presidente da associação desaparece misteriosamente. Talvez o ápice de sua cinematografia, marcada com clássicos como Táxi Driver e Os Infiltrados, Martin Scorsese explora uma história que transcende décadas, sem medo de fazer recortes e de azer reflexões como: o que fazer depois que se fez tudo? Como viver a vida após o auge? Parece que tanto diretor quanto suas estrelas fazem estas mesmas perguntas, entregando um dos melhores filmes do ano e uma das apostas da Netflix para o Oscar.
Uma história de Casamento
Noah Baumbach é um dos maiores nomes do cinema mumblecore. Marcado pelo realismo e pelo apreço pelo roteiro, este gênero vem revelando muitos favoritos para além de Baumbach, como Greta Gerwig, diretora de Ladybird, e Kleber Mendonção Filho, diretor brasileiro por trás de clássicos instatâneos como Som ao Redor, Aquarius e Bacurau. Em Uma História de Casamento, Noah Baumbach concilia sucesso de crítica e de bilheteria e, de quebra, parece o irmão da díade Ela x Encontros e Desencontros. Enquanto nos dois primeiros tanto Spike Jonze quanto Sofia Coppola refletem seu casamento falido, aqui, Noah Baumbach dá o próximo passo e reflete o desgaste de seu próprio quando se não há mais nada além do fim. Com as melhores performances de suas carreiras, Adam Driver e Scarlett Johansson destrincham toda a paleta de emoções que um término envolve, aos moldes de Dustin Hoffman e Meryl Streep o fizeram em KramerXKramer antes deles. Imperdível
Jojo Rabbit
É possível fazer piada em cima de temas sérios, como a Segunda Guerra Mundial? Com Jojo Rabbit, Taika Waititi mostra que sim, desde que haja toda uma preparação especial de forma que o exibido em cena soe deslocado da realidade de fato. Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. Jojo (Roman Griffin Davis) é um jovem nazista de 10 anos, que trata Adolf Hitler (Taika Waititi) como um amigo próximo, em sua imaginação. Seu maior sonho é participar da Juventude Hitlerista, um grupo pró-nazista composto por outras pessoas que concordam com os seus ideais. Um dia, Jojo descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está escondendo uma judia (Thomasin McKenzie) no sótão de casa. Depois de várias tentativas frustradas para expulsá-la, o jovem rebelde começa a desenvolver empatia pela nova hóspede.
A Despedida
Como mensurar o amor? Ele não possui limites, formas ou fronteiras. Quando a família de uma doce senhora descobre que ela possui apenas mais algumas semanas de vida, eles decidem não informá-la a respeito do diagnóstico. Em vez disso, seus filhos e netos tentam arranjar um casamento de última hora para que todos os parentes mais distantes possam vê-la por uma última vez sem que ninguém saiba o que está acontecendo de verdade.
O Farol
Podemos dizer que o horror vive um bom momento nos cinemas,muitos filmes ultimamente aderem o estilo horror psicológico e atmosférico e muitos novos diretores seguem isso,caso do Robert Eggers que em 2016 lançou o excelente A Bruxa e aqui faz seu segundo filme em que o simbolismo e a construção da loucura é o ponto forte. Essa compreensão ou percepção pode ceder elementos tão brutais quanto perturbadores em O Farol. Início do século XX. Thomas Wake (Willem Dafoe), responsável pelo farol de uma ilha isolada, contrata o jovem Ephraim Winslow (Robert Pattinson) para substituir o ajudante anterior e colaborar nas tarefas diárias. No entanto, o acesso ao farol é mantido fechado ao novato, que se torna cada vez mais curioso com este espaço privado. Enquanto os dois homens se conhecem e se provocam, Ephraim fica obcecado em descobrir o que acontece naquele espaço fechado, ao mesmo tempo em que fenômenos estranhos começam a acontecer ao seu redor.
Rocketman
Rocketman é a trajetória sensível de como o tímido Reginald Dwight (Taron Egerton) se transformou em Elton John, ícone da música pop. Desde a infância complicada, fruto do descaso do pai pela família, sua história de vida é contada através da releitura das músicas do superstar, incluindo a relação do cantor com o compositor e parceiro profissional Bernie Taupin (Jamie Bell) e o empresário e o ex-amante John Reid (Richard Madden). Mágico, transcendental e tocante, é a história de superação de uma das figuras mais icônicas da cultura pop, embalada por seus grandes hits e uma atuação dedicada de seu ator principal.
The Nightingale
Tasmânia, 1825. The Nightingale conta a história de uma jovem irlandesa de 21 anos testemunha o assassinato brutal de seu marido e seu bebê por seu mestre soldado e seus amigos. Sem conseguir justiça, ela decide então fazer vingança com as próprias mãos e parte em jornada pelo deserto, acompanhada por um aborígene. Da mesma diretora de Babadook, nos é entregue mais um conto do desespero e escuridão humana sem precedentes, que não tem medo ou tampouco vergonha de cutucar feridas.
Toy Story 4
Em uma fábula sobre amizade e carinho, Toy Story 4 permite-se estender o olhar ao seu protagonista. Para além de suas funções como brinquedo, entendemos que Woody também precisa trilhar um novo caminho para além de Andy ou Bonnie. É uma despedida de um clássico absoluto do final do século XX e inicio do século XXI. É, para antes de tudo, um presente para os fãs da franquia. Em uma tentativa de recuperar o novo brinquedo favorito de Bonnie, Woody encara seu passado de frente e necessita tomar decisões dificeis.
Segredos Oficiais
O que é ser heroico nos dias de hoje? Pensando fora da caixa que armazena diversos filmes de heróis que salvam o mundo de ameaças com potencial destrutivo, há uma outra categoria: a de heróis comuns, que não usam capas e não possuem superpoderes. Este é o caso de Katharine Gun, personagem real que Keira Knightley interpreta em Segredos Oficiais. A ex-tradutora de uma agência de inteligência britânica tentou impedir a guerra do Iraque ao divulgar um e-mail que provava que os EUA e o Reino Unido pressionaram diferentes nações para que votassem a favor da invasão que ocorreu em 2003.
Uncut Gems
Nova York, primavera de 2012. Em Uncut Gems Howard Ratner (Adam Sandler) é o dono de uma loja de joias, que está repleto de dívidas. Sua grande chance em quitar a situação é através da venda de uma pedra não lapidada enviada diretamente da Etiópia, cheia de minerais preciosos. Inicialmente Howard a oferece ao astro da NBA Kevin Garnett, um de seus clientes assíduos, mas depois resolve que conseguirá faturar mais caso ela vá a leilão. Para tanto, precisa driblar seus cobradores e a própria confusão que cria a partir de suas constantes mudanças.
Entre Facas e Segredos
Escancaradamente inspirado no clássico Assassinato no Expresso Oriente, Entre Facas e Segredos inicia com a misteriosa morte de Harlan Thrombey (Christopher Plummer), o famoso autor de livros de suspense que, aos 85 anos, é encontrado morto em sua mansão. Uma semana depois, chega ao local Benoit Blanc (Daniel Craig), detetive com perfil publicado na revista New Yorker contratado para investigar o caso, que passa a investigar todos os que residem ou transitem pela casa. Não demora muito para Blanc notar que todos, absolutamente todos, têm um bom motivo para ter matado o autor. Ou seja, trata-se da mesma situação vivenciada no livro mais famoso escrito por Agatha Christie.
Doutor Sono
Mike Flanagan tinha uma missão difícil a ser executada em Doutor Sono, e isso não se deve somente ao fato da história ser baseada num livro de Stephen King ou de ser a sequência direta de O Iluminado, uma das obras mais conhecidas de Stanley Kubrick. A grande questão sobre este capítulo – tanto no livro de 2013 como no filme – recai no ato de se expandir um universo já elevado justamente por conta do mistério que o cercava. Ela se dá com um Danny Torrance crescido e agora é um adulto traumatizado e alcoólatra. Sem residência fixa, ele se estabelece em uma pequena cidade, onde consegue um emprego no hospital local. Mas a paz de Danny está com os dias contados a partir de quando cria um vínculo telepático com Abra, uma menina com poderes tão fortes quanto aqueles que bloqueia dentro de si.
Ford vs Ferrari
Durante a década de 1960, dá-se inicio a uma rivalidade sem precendentes que ia moldar a indústria automobalística para sempre. A Ford resolve entrar no ramo das corridas automobilísticas de forma que a empresa ganhe o prestígio e o glamour da concorrente Ferrari, campeoníssima em várias corridas. Para tanto, contrata o ex-piloto Carroll Shelby (Matt Damon) para chefiar a empreitada. Por mais que tenha carta branca para montar sua equipe, incluindo o piloto e engenheiro Ken Miles (Christian Bale), Shelby enfrenta problemas com a diretoria da Ford, especialmente pela mentalidade mais voltada para os negócios e a imagem da empresa do que propriamente em relação ao aspecto esportivo.
O Fanático
The Fanatic é um filme de suspense psicológico americano de 2019, dirigido e co-escrito por Fred Durst. Ele protagoniza John Travolta como um homem obcecado por conhecer seu ator de ação favorito. Bruto, perspicaz e sem medo de cutucar feridas, é um convite para entender a natureza humana em um de seus extremos.
Ad Astra
Ad Astra é um longa híbrido, um casamento entre Interestelar com O primeiro homem. Para alguns também lembra “2001 – Uma odisseia no espaço, mas sem o lado sobrenatural e lúdico. É um filme de ficção contemplativo e intimista e mostra como os impactos do abandono de uma figura paterna podem permear toda a vida de uma homem, representado aqui pelo frio, apático e extremamemente técnico Roy McBride (Brad Pitt).
Retrato de Uma Jovem em Chamas
O ponto de partida deste drama é particularmente interessante. Uma terna tentativa em tentar investigar a manifestação da homossexualidade nas sociedades anteriores à liberação feminina. Em O Retrato de Uma Garota em Chamas, o olhar se torna a porta de entrada para a manifestação do desejo. “Tomem o tempo de me observar. Observem as minhas mãos, a minha silhueta”, solicita a pintora e professora de artes plásticas Marianne (Noémie Merlant) quando posa de modelo às alunas. Em seguida, ela recebe a tarefa ingrata de fazer o retrato de Héloïse (Adèle Haenel), sem que esta saiba estar sendo pintada. Quais dos filmes listados nessa lista você já assistiu? Concorda com a escolha? Deixe nos comentários!