Com críticas recentes do presidente norte-americano Joe Biden a respeito do papel ativo das redes sociais no combate à desinformação sobre a vacina da COVID-19, o Facebook se mostrou disposto a organizar uma equipe capaz de revelar aqueles que estariam compartilhando notícias falsas, fato que vem sendo questionado e combatido há um tempo. No entanto, a parceria acabou fragilizada.
Falta de transparência e desinformação no Facebook
O Facebook desativou as contas dos pesquisadores da rede e disse que eles coletaram dados de usuários sem permissão, o que configura na violação dos termos de serviço da empresa. Já os profissionais relatam uma tentativa de silenciamento e dizem ter encontrado falhas na plataforma que dão margem para a propagação de fake news. Com receio da exposição, o Facebook teria decidido encerrar o contrato. O projeto que os pesquisadores desenvolveram consiste em um plug-in denominado Ad Observer, uma extensão ligada ao navegador do usuário que analisa os anúncios destinados a eles. Segundo o informe do site oficial da iniciativa, não há coleta de dados pessoais de quem o usa. Sendo assim, a privacidade do usuário não é comprometida e é possível realizar o objetivo de maneira viável. Aquilo que é recolhido da experiência pessoal de cada usuário é usado para estabelecer um relatório e divulgar para a imprensa. A exemplo, em outubro de 2020, época fervorosa de eleições norte-americanas, houve a divulgação de dados do projeto em que o Facebook não rotulava os conteúdos políticos pagos na rede social. Por sua vez, a empresa de Mark Zuckerberg disponibilizava parte dos resultados em uma seção de biblioteca no seu site. Contra a decisão questionável do Facebook, os profissionais estão rebatendo as acusações de violação de dados pessoais. Laura Edelson, uma das pesquisadoras de NYU, publicou em sua conta no Twitter detalhes do banimento de sua conta e a de seus colegas e disse ainda que mais de 20 outros profissionais e jornalistas que tiveram acesso a dados da iniciativa tiveram foram cortados. Em um comunicado oficial em seu blog, o Facebook se posicionou contra a atitude dos pesquisadores, sempre reiterando que a principal justificativa para desativação de suas contas é a violação da política de segurança de dados da empresa. Segundo a empresa, a extensão de navegador coletou dados sobre usuários do Facebook sem qualquer permissão. A companhia também diz que os profissionais foram avisados de antemão sobre essa regra. Em mais uma polêmica envolvendo a imagem da rede social, a ação do Facebook foi repudiada e ecoou nas redes sociais. Muitos afirmam que o acontecido é injusto para com o avanço do projeto dos profissionais, bem como desligá-los completamente da plataforma seria uma atitude irregular.
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