O K-pop e o Gangnam Style
Essa foi efetivamente a primeira vez que o termo k-pop foi ouvido por pessoas fora do seu nicho original. Isso tudo sendo amplamente apoiado pelo governo coreano, que havia fechado o país e impedido a entrada de outros produtos culturais, principalmente japoneses. Após esse boom, muitas bandas começaram a aparecer para o mercado ocidental, como Big Bang e Girl’s Generations, que até se apresentaram em grandes premiações musicais, como o The World Music Awards e o YouTube Music Awards. Mas foi com o BTS que o K-pop realmente entrou no mercado dos Estados Unidos e consequentemente nas demais praças ocidentais. Em 2018, o grupo venceu o Top Social Artist da Billboard, e com isso muitos outros grupos apareceram, como Black Pink, Red Velvet e muitas outras.
K-Drama, ou a forma coreana de se fazer TV
Depois do já citado fechamento cultural ocorrido na Coreia, o país se viu obrigado a produzir as suas próprias séries para entreter o povo. Geralmente com uma única temporada e recheada de reviravoltas, as séries de TV, chamadas de K-dramas, contam histórias de todos os tipos. Com histórias que trazem desde o médico autista que quer ajudar as pessoas (The Good Doctor, O bom doutor em português), até a história de uma herdeira sul coreana que acaba indo parar na Coreia do Norte e se apaixona por um militar local (Crash Landing on You, Pousando no amor em português). E seguindo essa linha nasceu Squid Game, ou o Jogo da Lula, ou ainda Round 6, como foi batizada no Brasil.
Assistir Round 6 ou não?
Em uma resposta simples e direta: sim. Aqui podemos conhecer um lado da cultura coreana que para nós ocidentais é praticamente desconhecido. Conhecemos muitas pessoas endividadas e que passam por diversos perrengues, inclusive com agiotas, patrões não tão legais assim, e até a história de alguém que fez de tudo para sobreviver e viu sua família ser separada. A premissa básica da série também vai de encontro com o que vemos na TV brasileira atual. Um bando de gente quebrada e sem dinheiro participando de brincadeiras muitas vezes degradantes para ganhar algum tipo de ajuda. Contudo, há uma diferença entre o que vemos na série e nos nossos programas de auditório: todo mundo sai vivo no nosso mundo. O desenrolar da série, apesar de um pouco lento, é primordial para criarmos laços com os personagens. Quem nunca conheceu alguém na situação do paquistanês Abdul Ali, que abandonou seu país com sua família para tentar a sorte em outro país e acabou vendo sua vida desmoronar. Ou então com o drama de Kang Sae-byeok, que só quer juntar a sua família, mas acaba tendo que fazer coisas erradas para poder sobreviver. Isso sem falar do protagonista Seong Gi-hun, que deve para agiotas, tem a mãe doente, é divorciado e viu sua filha ser levada para longe dele contra sua vontade. Infelizmente, a série é o puro suco de realidade, já que todos ali tem seus próprios problemas que podem ser similares às nossas próprias vidas ou então àquele amigo ou parente que nos é importante. Além disso, é muito fácil de se irritar com os VIPs que tratam tudo e a todos como escória, e só o prazer deles importa. Outra coisa instigante é entender as motivações dos organizadores dos jogos e qual a finalidade deles, além de entreter um bando de riquinhos mimados.
O fenômeno Round 6
Com tudo o que Round 6 na Netflix sedimentou, a tendência é de vermos um crescimento ainda maior do mercado dos K-dramas. Fizemos uma análise completa de Round 6 aqui no Showmetech, e, pelo menos para mim, acredito que valha muito a pena investir seu tempo nos 9 episódios que compõem a série, ainda mais por haver uma excelente dublagem em português. Agora nos resta esperar para saber quando a segunda temporada será confirmada e o que será abordado nessa continuação.
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Para ver tudo do mundo dos cinemas e séries de TV, e também como assistir a filmes de graça, fique de olho aqui no Showmetech. Fonte: Sound of Life