O MPT rejeitou as acusações de racismo, afirmando que a política de ação afirmativa da empresa é legitima e não existe ato ilícito no processo seletivo de trainee para negros, sendo “elemento de reparação histórica da exclusão da população negra do mercado de trabalho digno”. Ressalta-se também que a Constituição Federal, o Estatuto da Igualdade Social (Lei nº 12.288/20110) e a Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial fundamentam a política de ações afirmativas do Magazine Luiza. O MPT cita também uma pesquisa do Instituto Ethos, realizada em 2017, em que as 500 empresas com maior faturamento do Brasil apresentavam profissionais negros em apenas 6,3% dos cargos gerenciais e 4,7% dos cargos executivos. Este estudo evidencia como o racismo estrutural, que coloca a população preta e parda em desvantagem de oportunidades, propaga a inequidade no mercado de trabalho.
O impacto do programa de trainee para negros do Magazine Luiza
A empresa divulgou o processo seletivo de trainee para negros no dia 18 de setembro. Na divulgação, a empresa afirma que apesar de ter 53% de pretos e pardos no seu quadro de funcionários, apenas 16% deles ocupam cargos de liderança. “Claramente, se temos 53% da equipe negra e parda e só 16% de negros e pardos em cargos de liderança, há um problema para resolver com uma ação concreta.” afirmou o presidente da companhia, Frederico Trajano. Nos dias seguintes ao anúncio do Magalu, o assunto esteve entre os mais citados do Twitter, sendo tanto elogiado quanto criticado. A Diretora Executiva do ID_BR – instituição parceira do Magalu nesse processo – Luana Génot pronunciou-se no Twitter: Na segunda-feira, 21 de setembro, a empresa lançou um comunicado oficial reafirmando sua posição de inclusão social: Fonte: Exame, Depositphotos