Em meio ao seu discurso sobre como os negócios podem ser mais produtivos ao serem mais inteligentes, a robô Sophia também lembrou que foi fabricada na China, e que apesar de todo o potencial tecnológico dos Estados Unidos, o país asiático está se movendo muito rapidamente, investindo em tecnologia e inteligência artificial. A humanoide também comentou sobre o receio da inteligência artificial reduzir o número de empregos, devido às reduções de custo que a tecnologia traz as empresas. Segundo ela, “A automação vai criar novos empregos no mundo. Então precisamos trabalhar juntos para modelarmos um futuro ético e justo”, disse a Robô Sophia.
A opinião da robô Sophia sobre o varejo e o Brasil
A respeito do varejo, Sophia vê um nicho de mercado muito dinâmico, mas que também deve se preparar para mudanças. De acordo com a robô, por exemplo, o reconhecimento facial terá um grande papel para as lojas no futuro, pois os consumidores poderão provar roupas on-line. Quando questionada em relação ao Brasil, a resposta foi positiva. Sophia comentou sobre a importância do país para a inteligência artificial. “O país possui a maior economia da América Latina e será muito competitivo por meio da inteligência artificial. Em todo o mundo, ela está ajudando diversos setores, como educação, finanças, saúde, transportes, entre outros”, concluiu.
O homem por trás da máquina
Para entender Sophia, no entanto, é importante entender seu criador, David Hanson, o fundador e CEO da Hanson Robotics. Apesar de nem sempre ter sido uma figura conhecida no mundo dos robôs, Hanson já trabalhou para a Disney como um “Imagineer”, criando esculturas e tecnologias robóticas para parques temáticos. No mesmo período, ele também obteve seu Ph.D. em estudos estéticos. Já em 2005, Hanson se inscreveu para um trabalho de pesquisa que definiu sua visão para o futuro da robótica. E a tese parece muito com o que está acontecendo com o robô Sophia agora. O relatório de oito páginas é chamado de “Upending the Uncanny Valley” e consiste em defender a possibilidade dos robôs auxiliarem os humanos por meio da inteligência artificial. Em um trecho do artigo, David também conclui que as percepções humanas sobre robôs são importantes para que as máquinas atinjam um certo nível de responsabilidade social.