Vacina da Pfizer deve contar com no mínimo de 50% de eficácia
A FDA, agência regulatória dos Estados Unidos, já anunciou que qualquer vacina deve comprovar 50% de eficácia antes de ser liberada, e que as empresas testando as vacinas devem rastrear 50% dos participantes durante dois meses para registrar efeitos colaterais. A Pfizer acredita e espera atingir essa marca até o final deste mês, já que segundo a farmacêutica não foram registrados casos graves de COVID-19 entre os participantes até agora. A agência regulatória americana também exige que as vacinas candidatas no país sejam estudadas em pelo menos 30 mil pessoas, sendo que a vacina da Pfizer já foi aplicada em mais de 43.538 participantes de 4 países, entre eles o Brasil. Os dados da eficácia da vacina foram divulgadas após o 94 dos participantes terem contraindo o novo coronavírus, sendo que a empresa não divulgou quantos desses casos tomaram a vacina ou o placebo. A Pfizer pretende continuar os testes até 164 participantes terem contraído a COVID-19, para confirmar a taxa de eficácia. Por hora, os dados divulgados não foram conferidos por outros cientistas, passo importante para a publicação em revistas científicas. Segundo a empresa os dados serão conferidos quando todo o estudo estiver terminado.
As 3 fases de teste da vacina da COVID-19: como funcionam
Os testes de vacina são realizados para que os cientistas tentem identificar efeitos adversos graves e se a imunização é efetiva, o que significa induzir uma resposta do sistema de defesa do corpo. A fase 1 conta com testes que costumam envolver dezenas de voluntários, e a cada fase subsequente o número de voluntários vai aumentando, ficando nas centenas na fase 2 e milhares na fase 3. Antes dos testes em humanos serem iniciados, as vacinas são testadas em animais – normalmente em camundongos e, depois, em macacos. As várias fases de teste costumam ser conduzidas separadamente, mas por causa da urgência da pandemia do novo coronavírus, vários estudos têm realizado mais de uma etapa ao mesmo tempo, o que em alguns casos leva a questionamentos sobre a segurança real dessas vacinas. Fonte: G1